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Airy
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No Japão, mulheres enfrentam dificuldades de ingressar no mercado Empty No Japão, mulheres enfrentam dificuldades de ingressar no mercado

Dom 27 Jun 2010 - 19:33
Duas coisas chamam a atenção no metrô de Tóquio na hora do rush. A primeira é o silêncio da multidão organizada, que não fala nos celulares dentro dos trens e entra e sai sem empurrões. A segunda é que a massa veste terno e gravata, como se as mulheres não tivessem saído para trabalhar. A impressão é exagerada, mas não está totalmente equivocada. As japonesas são livres para buscar emprego em qualquer área, têm direitos garantidos por lei e o mesmo acesso à educação que seus colegas do sexo oposto. Mas sua ascensão no mercado de trabalho é lenta, apesar de toda a modernidade que o Japão simboliza. O lema do "você pode ter tudo", propagado pelas adoradas personagens de "Sex and the city" - ícones de uma geração que quer o amor e a carreira - ainda é coisa de cinema para as japonesas.

Nas empresas do país, apenas 10% dos cargos de gerência são ocupados por mulheres, um índice mínimo se comparado aos 42% dos Estados Unidos e aos 35% do Reino Unido, segundo a ONU. É um número facilmente comprovado em ambientes corporativos: as reuniões são dominadas por homens, mesmo em setores tradicionalmente mais flexíveis, como agências de publicidade.

No último relatório anual sobre as desigualdades entre homens e mulheres (Global Gender Gap Index), divulgado em 2009 pelo Fórum Econômico Mundial, o Japão ficou em 101 lugar num ranking de 134 países (quanto mais perto do fim, pior a situação). Um vexame para quem ocupa o posto de segunda maior economia do mundo.

- A minha geração encarou obstáculos que as jovens não enfrentam hoje, e pelo menos as mulheres já ocupam cargos de nível médio. O que precisamos ver é se conseguirão chegar ao topo - disse ao GLOBO a prefeita de Yokohama, Fumiko Hayashi, de 64 anos, primeira mulher a governar a segunda maior cidade japonesa. - A nova situação econômica do país impõe desafios, e tem de haver maior participação em todos os níveis.

Colar de pérolas, tailleur branco e um jeito formal de falar, Fumiko é uma senhora japonesa típica, mas apenas na aparência. Suas conquistas no mundo dos negócios, antes de entrar para a política, causaram espanto num país em que executivas bem-sucedidas são tema frequente de reportagens, não por sua competência, mas por serem mulheres. Mesmo em companhias consideradas politicamente corretas, como a Panasonic, apenas 5% dos 38 mil gerentes são do sexo feminino.
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