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Juujie
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武士道
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The Society. Empty The Society.

Sáb 19 Dez 2009 - 23:20
Tanta fic aqui que eu até me inspirei...
De acordo com o feedback eu vou postando os capítulos iniciais.

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Society.
Autora: Júlia S. (vulgo Juujie)
Gênero: Aventura, Ficção, Suspense
Classificação: livre, porém devo advertir que há cenas sangrentas e afins.
Número de capítulos: em andamento.
Atualização: semanal, teoricamente.

Prólogo


"Antes de tudo, essa não é uma história bonita" escreveu o jovem de cabelos castanho-dourados na primeira folha do caderno apoiado sobre seus joelhos, enquanto observava o céu azul da tarde de outono sentado na beirada do telhado. "O mundo é tudo aquilo que você imaginou que era, mas de uma forma completamente diferente. Não é ruim como os pessimistas o pintam, tampouco é uma harmonia perfeita que os otimistas teimam em defender".
- Escrevendo um diário, novato? - perguntou uma moça que parou repentinamente atrás dele.
- Não, mas eu quero poder ler isso um dia e lembrar de tudo que eu passei.
- Você não passou por nada comparado à mim - disse ela, sentando-se ao lado do jovem.
- Escrever a sua história seria extremamente complicado - observou ele. Ela abriu um sorriso e ficou esperando até que ele preenchesse a primeira folha do caderno por completo.

Antes de tudo, essa não é uma história bonita. Acima de qualquer coisa, é inacreditável, literalmente. O mundo é tudo aquilo que você imaginou que era, mas de uma forma completamente diferente. Não é ruim como os pessimistas o pintam, tampouco é uma harmonia perfeita que os otimistas teimam em defender. Para ser sincero, tal história é uma coleção de histórias, que todas juntas formam a realidade. Não importa para quem eu conte, não vão acreditar em mim. Mas isso não importa mais depois que você passa a saber tudo que deveria saber desde o começo sobre o mundo em que você vive. Quando você compreende a realidade, nada mais importa. Todos os conceitos que você acreditava se tornam fúteis, tão fúteis que você se sente mal por saber que um dia acreditou neles. Somente três coisas são completamente imutáveis em todo o mundo: a verdade, o amor e o ódio. A verdade sempre prevalece, não importa quantas pessoas digam o contrário, ela sempre será a mesma, estável e inatingível. Até hoje, eu não encontrei a verdade, e esse é o único fato que impede essa história de ser bonita. O amor, por mais que não pareça existir, existe, é o que nos mantêm vivos. E o ódio, ao contrário do que muitos dizem, não é o oposto do amor. Se fosse, o amor seria mutável, poderia transformar-se no que chamamos 'ódio'. Novamente, é inacreditável, mas existem entidades em nosso mundo que são puro ódio, nunca aprenderam a amar, e possivelmente jamais irão, por mais triste que isso soe. Meses atrás, eu era somente um universitário, apaixonado pela química, e agora o que eu sou? Um tenente-general de uma organização deveras interessante, num mundo onde humanos, fadas, feiticeiras, bruxas, lobisomens, vampiros e seres mitológicos coexistem, que depois de descobrir que sou filho de uma feiticeira, tive de escolher entre ser um humano normal e ser um mago e acabei nessa situação, exatamente entre os dois tipos de ser, um mestiço? Eu disse, é inacreditável, mas eu, Jeremy Steffens, hoje acredito.

- Uau, novato, você sabe usar as palavras - comentou a moça, depois de ler e devolvendo-o o caderno. - É improvável que alguém duvide do seu sangue mágico depois de ver como você as usa.
- É a minha sina - disse ele, rindo, levantando-se e dando as costas ao céu.
- É a sina de todos os magos. Afinal, somente aqueles que sabem usar as palavras podem proferir feitiços - disse ela, num tom de voz sério, ainda olhando para o céu.
- E somente aqueles que não abandonaram seu ódio podem carregar o título de general, General Alice? - perguntou ele, estendendo a mão para ajudá-la a levantar.
- Ha, você aprendeu! - exclamou ela, segurando a mão dele e ficando em pé. - Mas o único ódio que generais não podem abandonar é aquele ódio que nos incita à batalha.
- Nunca odiei ninguém, então eu não sei - comentou ele.
- Por isso você é somente um tenente - riu-se ela, mostrando a língua e pulando nas costas dele.

Capítulo I

As nuvens lentamente cobriam o sol enquanto a tarde chegava ao seu fim. Um jovem alto e magro, de cabelos castanho-dourados caminhava por uma rua um tanto quanto deserta, carregando uma mochila azul, após um treino no ginásio da universidade. A cidade estava mais movimentada que o normal naquela quinta-feira, véspera de um feriado, e ele decidira evitar as ruas principais, seguindo por um caminho diferente em direção à casa do pai. Ao virar uma esquina, entrou numa rua que por muito tempo desistira de passar, por ser inconvenientemente paralela à rua principal. A rua era ladeada de pequenas casas de dois andares, um prédio comercial ali e uma mercearia aqui. Na esquina seguinte ele pôde avistar um vulto encostado na parede, fumando.
- Ah, que nostálgico - murmurou o jovem para si mesmo, alguns passos depois do local onde o vulto se encontrava, desviando os olhos lentamente para o céu.
- O que é tão nostálgico, Jeremy Steffens? - perguntou uma voz grave e um pouco rouca. O jovem congelou. O homem antes encostado na parede, agora estava parado ao seu lado. Antes seus cabelos pareciam ser do mais puro negro, mas agora reluziam ao brilho fraco do sol, revelando um tom azulado. O homem olhava para Jeremy com os olhos de uma cor profunda e triste de cinza, o cigarro equilibrado no canto da boca. - Andar por esta rua ou olhar para o céu?
O estranho levantou a cabeça ao céu, e Jeremy quase que involuntariamente fez o mesmo. Entre as nuvens, uma mancha negra voava, tão longínqua e indistinguível que mal podia-se dizer se era um sabiá ou um abutre. Jeremy voltou a encarar o estranho, que mantinha os olhos apontados para o céu.
- Quem é você? - perguntou ele, num tom cauteloso.
- Welff. Matt Welff - respondeu o outro, voltando a encarar Jeremy, tirando o cigarro da boca por um instante, pronunciando o nome pausadamente.
- O que quer comigo? - a voz de Jeremy agora soava mais aflita do que cautelosa. Matt abriu um sorriso entortado, dando meio passo à frente.
- Sua alma - disse ele. Jeremy engoliu em seco, recuando. - Ah, faça-me o favor. Na verdade, eu tenho uma pergunta a lhe fazer, e dependendo da sua resposta, eu te deixo em paz.
Jeremy esperou. Matt jogou o cigarro no chão e respirou fundo.
- Sabe aquela figura negra voando agora a pouco? O que você me diria que é?
- Um pássaro, estava disforme demais numa distância que não é suficiente para deixar a imagem de um avião ou helicóptero disforme, portanto não imagino nada além de um pássaro.
Matt suspirou, passando os dedos pelos cabelos azul-escuros.
- Certo. E se eu te dissesse que "aquilo" não é um pássaro?
- Eu te perguntaria o que no mundo poderia ser - respondeu Jeremy, rapidamente, imaginando que o desconhecido enlouquecera, começou a andar novamente, em direção à esquina.
- "Aquilo" é uma bruxa - disse Matt. Jeremy arregalou os olhos por um instante e não pôde resistir a rir da afirmação. - Eu não estou brincando.
- Você realmente deveria avisar seu psiquiatra que o remédio que ele te receitou está te dando alucinações - comentou Jeremy, ainda rindo, mantendo-se mais distante.
- Como os remédios que o seu pai precisa tomar? - perguntou Matt. Jeremy emudeceu e virou-se para encarar Matt com um olhar raivoso, enquanto o outro mantinha-se parado no mesmo lugar.
- Como você sab...
- Não sabia - revelou Matt. - Olha, você é um cara esperto, não é de confiar em estranhos, e é bem por isso que eu decidi te fazer estas perguntas. Porém, eu ainda não terminei. Pense comigo - ele fez uma pausa, seu tom de voz agora mudara, parecia estar fazendo um longo discurso. - Provavelmente, como a maioria das pessoas, você ouviu história, contos e fábulas quando era criança. E evidentemente, tais histórias tinham por propósito uma lição de moral, algo do gênero. E se eu te dissesse que todas aquelas histórias que você ouviu quando era menor, aquelas histórias que você sabe de cor, são nada mais que a mais pura realidade?
Jeremy ainda fitava Matt com certa raiva. "Quem ele pensa que é?" era a questão que circundava sua mente. O semblante calmo e convicto do outro o deixava algumas dúvidas, mas tal realidade era completamente inconcebível para o seu intelecto de universitário, no auge de seus 19 anos. Muitas respostas lhe passaram pela mente, mas ao não encontrar nenhuma mudança no semblante de Matt enquanto este ainda esperava pela resposta, todas as opções que surgiram soavam descartáveis. Jeremy olhou para o horizonte, o sol ainda não havia desaparecido. Se ele simplesmente ignorasse as supostas loucuras de Matt, poderia chegar em casa mais cedo, mesmo sabendo que ninguém estaria lá. Seu pai, empresário, passava dias e noites no escritório, chegando em casa somente pela madrugada, nunca percebendo realmente se o filho estava ou deixava de estar presente. Porém, se desse atenção ao desconhecido, havia uma chance de conhecer algo novo, por mais pitoresco que fosse, e isso provavelmente não chegaria a prejudicá-lo, se ele procedesse com cautela. Uma ideia brilhou em seu subconsciente.
- Eu diria que você precisa me convencer disso. - respondeu ele, por fim. Matt abriu um sorriso maior que o anterior, andando em direção à Jeremy e observando o olhar finalmente decidido do jovem.
- Nossa, eu pensei que jamais ouviria uma resposta dessas. Pois bem, eu irei te convencer.


Última edição por Juujie em Sex 22 Jan 2010 - 15:59, editado 2 vez(es)
Raidam
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Ficha do personagem
Nome do Personagem: Marvoc

The Society. Empty Re: The Society.

Dom 20 Dez 2009 - 10:54
Eba, vai ter society aqui! xD
Vou esperar relendo até chegar aos caps que parei
já que esqueci de metade das coisas! xD

"Aquilo é uma bruxa"
não sei pq, mais isso me chamou mais atenção dessa vez..
Será q só o jeremy pode ver
ou elas voam pelo céu visivel a todos os humanos. <o>
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