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Akemi-chan
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As Espadas Empty As Espadas

Sex 2 Abr 2010 - 20:43
As Espadas

Durante do período Jokoto (800 dC), as espadas usadas eram retas, com fio simples ou duplo e pobremente temperadas. Não havia um desenho padrão, e eram atadas à cintura por meio de cordas. Evidências históricas sugerem que elas feitas por artesãos chineses e coreanos que trabalhavam no Japão. As primeiras espadas que se tornaram a arma padrão do samurai foram feitas pelo ferreiro Amakuni, em meados do século VIII.

A adoção do eficiente fio curvado foi um grande passo tecnológico para a época, que coincidiu com as melhorias nas técnicas de temperamento. A era de ouro da manufatura de espadas deu-se sete séculos mais tarde, entre 1394 e 1427. De qualquer modo, quando se estabeleceu a infantaria de massa em substituição à cavalaria das épocas anteriores, a pesada espada do tipo “tachi”, que servia ao cavaleiro montado, foi substituída pela leve kataná, mais curta. Antes, o cavaleiro portava a espada com a lâmina para baixo e a desembainhava em um movimento para cima, de modo que não ferisse o cavalo. Já a kataná passou a ser portada com a lâmina voltada para cima.

Tal mudança na forma de porte da espada significou o início de um método de combate completamente novo, que teria um efeito dramático no modo como o samurai encarava a guerra.

Com a espada segura firmemente na cintura, o samurai a sacava e cortava rapidamente num só movimento, defendendo-se sem precisar sacar primeiro e só então adotar uma postura defensiva. Desde então, o Kenjutsu (uso da espada já sacada) e o Battojutsu (saque e corte imediato) tornaram-se disciplinas separadas, porém paralelas. Várias escolas e sistemas se estabeleceram, então, para o ensino de ambas.

Durante o Sengoku Jidai, a falta de um governo central forte encorajou os daimyo a lutar entre si para expandir territórios. Cresceu a demanda por armas, e os ferreiros iniciaram uma produção em massa de espadas de baixa qualidade. Antes, o aço era cuidadosamente elaborado, forjado e temperado num processo artesanal. Depois, passou a ser importado de forma já pronta, para facilitar a forja rápida. A espada resultante, embora bela, era menos durável e imprecisa. A verdadeira beleza da espada está em sua precisão, durabilidade e aparência. Só quando esses três elementos estão combinados, a arma terá boa performance nas mãos do espadachim.

Espadas que avariam em contato com um objeto duro, ou que revelam uma parte interna de baixa qualidade, não podem ser consideradas legítimas “Nippon To” (espadas japonesas). Não merecem compartilhar da reputação estabelecida pelas lâminas dos grandes mestres ferreiros, que produziam com métodos tradicionais. Hoje, apenas as escolas de Toyama e Nakamura fazem o teste de corte (tameshigiri).Nesse período, não havia outro modo de testar uma espada senão pelo corte de corpos de criminosos mortos. Portar espada era proibido, segundo a lei de 1876.

As artes tradicionais ainda sobreviviam em algumas escolas militares. Até hoje, o Battojutsu permanece pouco conhecido fora dos círculos militares. A beleza dessa arte consiste em sua simplicidade e eficiência mortal, sem posturas artificiais ou teatrais. Ela é simplesmente uma maneira eficiente, prática e rápida de cortar um oponente num decisivo ato de auto-defesa. Seu poder destrutivo é devastador. O Battojutsu pode apenas ser aprendido em uma escola tradicional onde os métodos antigos, baseados numa experiência de combate real, ainda são seguidos. Então, o método do corte pode ser compreendido em sua plenitude.

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