Presidente da Toyota é críticado no Congresso dos EUA

Akio Toyoda assumiu a culpa em depoimento no Congresso dos EUA pelo problema no acelerador dos veículos da montadora, sendo criticado de insensibilidade em relação as vítimas.

“Meu nome está em cada veículo. Tenho compromisso pessoal de que a Toyota trabalhará vigorosamente e sem cessar para restabelecer a confiança dos nossos clientes”, prometeu o empresário frente a centenas de fotógrafos e jornalistas no salão de audiências.

Segundo observadores, a gravidade do assunto não coloca em jogo somente a reputação da Toyota, mas pode se estender por toda a indústria automobilística.

A audiência no Congresso também se transformou em um fórum de contundentes críticas dos parlamentares, de reclamação de um dos sobreviventes e das lágrimas de uma sogra das vítimas. Alguns congressistas acusaram a empresa de colocar os lucros na frente da segurança.

O presidente do comitê que investiga o defeito nos carros da Toyota, Edolphus Towns, destacou as 39 mortes por culpa dos problemas no acelerador, entre elas a da família Saylor, em San Diego (Califórnia), a bordo de um Lexus.

A congressista democrata, Marcy Kaptur, mostrou o livro “The Toyota Way” (O Estilo Toyota), e disse que a cultura empresarial da montadora provoca “mortes súbitas”. “Onde está o remorso?” perguntou Kaptur.

O republicano John Mica disse que aquele era um dia vergonhoso para a Toyota, seus 36 mil trabalhadores e para a fiscalização federal.

Durante o depoimento de três horas, Toyoda ofereceu variações da mesma resposta, lamentou profundamente os acidentes causados pelo problema no acelerador e prometeu medidas para corrigí-lo, evitando novos transtornos, principalmente porque precisa recuperar a confiança dos consumidores.