Comporas das Luvas
Sex 19 Mar 2010 - 14:10
Era uma vez, uma mãe raposa e o seu filho que moravam numa floresta.
O Inverno já tinha chegado e fazia muito frio lá.
Uma manhã, quando o raposinho estava quase a sair da toca, de repente caiu gritando e voltou-se para a mãe tapando os olhos com as mãos.
"Mãe, ó minha mãe! Fui espetado os olhos! Foram picados! Está alguma coisa nos meus olhos! Tira! Tira!"
A mãe do raposinho ficou surpreendida e preocupada, tirou as mãos do filho dos olhos e olhou para eles. Mas, não encontrou nada.
Estranhou,saiu da toca e compreendeu o que é que tinha acontecido. Lá fora, havia tanta neve e tão branquinha! Estava a brilhar aos raios do sol. Como o filho não sabia o que era neve, pensou que os seus olhos tinha sido picados pelo brilho. Mas foi simplesmente a forte luz a reflectir na neve. A mãe explicou isto e o filho ficou aliviado. Começou a brincar com a neve. Esta era macia e semelhante ao algodão. Quando ele corria, os flocos de neve espalharam-se e apareceu um arco-íris.
A seguir, ele ouviu atrás um grande barulho "Bbzzz..." e de repente ele ficou coberto de tanta neve como se fosse farinha. Espantado, quase caíu mas fugiu para um lugar afastado. O que é isto? Virou-se para trás mas não encontrou nada. Não sabia que era a neve que tinha caído da árvore. A neve continuava a cair alí. Parecia uma linha de seda branca.
Voltou, então, o raposinho para a toca.
"Ó mãe, as minhas mãos estão frias, muito frias!" -disse o raposinho emostrou as suas mãos vermelhas e molhadas à mãe. Coitadinho! A mãe deu-lhes um sopro quente e cobriu-as ligeiramente com as suas mãos quentes."
Já te vais sentir bem. Depois de mexer na neve, as mãos ficam frias mas aquecem em pouco tempo. Não te preocupes!!" -dizendo isto, pensou que era melhor comprar umas luvas para o filho. Não queria que as mãos do filho tivessem frieiras e planeou ir às compras à cidade nessa noite.
A noite chegou e começou a cobrir o campo e a floresta, mas a neve estava tão branca que iluminava a floresta. A mãe e o filho sairam da toca mas ela estava com um bocadinho de receio. O filho escondeu-se debaixo da barriga da mãe e começaram a caminhar para a cidade. O filho estava com muita curiosidade porque era a primeira vez que saía da floresta.
Viram uma luz em frente ao longe.
"Ó mãe, está lá uma estrela!" - disse o raposinho.
"Não é uma estrela...."
A mãe parou com medo no caminho.
"É a luz da cidade."
Quando a viu, ela rembrou-se de uma má experiência. Há algum tempo atrás, ela tinha ido à cidade com uma amiga. Nesse dia, a amiga tentou roubar um pato de uma casa apesar dos pedidos da rapousa para que não o fizesse. Um homem descobriu-as e tentou apanhá-las, gritando. A mãe raposa teve muito medo e decidiu que nunca mais ia à cidade.
"Mãe....? Em que é que estás a pensar? Vamos alí agora!"
-disse o raposinho debaixo da barriga da mãe.
Mas ela não conseguiu avançar com o medo. Então, decidiu mandar o filho sozinho à cidade.
"Ó amor, dá-me a tua mão."-disse a mãe. Em seguida pegou numa mão do raposinho, e ela transformou-a numa mão humana de criança. O raposinho olhou estranhamente para ela, abriu-a, fechou-a e cheirou-a repetidas vezes.
"Ó mãe, é estranho. O que é isto?" e olhou outra vez para ela sob o brilho da neve.
"É uma mão de humano. Ouve, amor. Quando fores à cidade, vais encontrar muitas casas de humanos. Primeiro, procura a loja que tem uma placa com um desenho de chapéu. Bate a porta ligeiramente e diz a palavra de cumprimento
"Boa noite.".
Então, lá dentro está um humano que vai abrir um bocadinho a porta. Enfia a tua mão de humano no espaço da porta entreaberta e diz que queres umas luvas que fiquem bem na tua mão. Compreendeste? Não enfies a outra mão." -disse a mãe com a cara séria.
"Porquê, mãe?" - perguntou o filho.
"Porque os humanos não vão vender umas luvas quando eles souberem que o cliente é um raposo. Além disso, vão apanhar-te e por-te numa jaula. Os humanos são realmente muito perigosos e horríveis. " - disse a mãe.
"Ah é?"
"Nunca mostres a tua mão de rapouso. É esta, olha, é esta mão de humano que tens de mostrar!" - disse a mãe dando-lhe 2 moedas de cobre brancas para a mão humana.
O raposinho começou sozinho a caminhar na neve através do campo para a luz da cidade. Apareceu uma luz, depois duas...três...quatro.... e pouco a pouco a luz aumentou e por fim contou dez. O raposinho pensou que as luzes vermelhas, azuis e amarelas eram como as estrelas. Entrou na cidade, mas já era noite e todas as lojas já estavam fechadas. Só conseguia ver as luzes das janelas altas que reflectiam na neve.
O raposinho procurou a placa com o desenho de um chapéu e caminhou, caminhou, caminhou. Havia várias placas tal como de uma bicicleta e de óculos. Algumas eram novas e outras antigas. Ele não compreendeu o que significavam estas placas, pois era a primeira vez que ia à cidade.
Finalmente, encontrou uma placa com o desenho de um chapéu. Era uma placa com uma cartola preta e grande. Estava iluminada com uma luz azul.
O raposinho bateu levemente à porta como a sua mãe já lhe tinha ensinado.
"Boa noite."
Então lá dentro fez-se algum som e alguém abriu um bocadinho a porta. Uma linha de luz espalhou-se na terra, na neve branca.O raposinho ficou surpreendido porque esta luz era radiosa, e enganou-se na mão que devia mostrar. Enfiou a mão contrária na porta.
"Venda-me umas luvas que sejam próprias para esta mão."
O dono da chapelaria ficou surpreendido e duvidou. Era a mão
de um raposo. Um raposo estava a pedir-lhe para vender umas luvas? Estará
a tentar enganar-me? - pensou o dono.
"Primeiro, pague." - disse o dono. O raposinho deu 2 moedas de cobre.
Depois de as receber, o dono tocou nas moedas verificando o material e pensou que eram moedas verdadeiras. Tirou umas luvas pequenas de lã do armário e passou-as para a mão do raposinho. Dizendo obrigado, o raposinho retomou o caminho de volta.
"A mãe disse que os humanos eram perigosos e horríveis, mas não são. Ele viu a minha mão e não me fez mal nenhum." - pensou o raposinho. E, por curiosidade, quis ver como era "o humano" pois ele ainda não o tinha visto.
Passou perto de uma janela. Ouviu uma voz de humano. Que bonita, que simpática, que generosa é esta voz!
"Dorme, dorme, na minha mama, Dorme, dorme, nos meus braços...."
O raposinho acreditou que esta voz era de uma mãe humana porque a sua mãe também cantava para ele sempre que o adormecia....
Depois ouviu uma voz de criança.
"Ó mãe, acho que, esta noite com este frio, os raposinhos na floresta estão a chorar."
Então ouviu a voz da mãe:
"Os raposinhos na floresta também estão na toca a adormecer ouvindo a canção de mãe. Dorme, amor. Quem é que vai adormecer mais rápido? Tu ou o raposinho?"
De repente, o raposinho lembrou-se da sua mãe e correu para a sua casa o mais rapidamente possível. Tinha muitas saudades da minha mãe. Quero ver a minha mãe!
A mãe do raposinho estava à espera dele, preocupada, tremendo de frio. Quando viu que o seu filho se dirigia a ela, ficou muito alegre e deu-lhe um abraço muito apertado.
A mãe e o filho voltaram para a floresta. A lua já estava iluminando com a sua cor prateada.
"Ó mãe, não tenho medo nenhum dos humanos."
"Sim? Porquê?"
"Eu...enganei-me na mão que devia mostrar, mas o dono da capelaria não me prendeu. E deu-me estas luvas muito confortáveis."
Dizendo isto, bateu palmas com as luvas. A mãe ficou pasmada e falou para os seus botões.
"Afinal os humanos são simpáticos?! Os humanos são bons?!"
O Inverno já tinha chegado e fazia muito frio lá.
Uma manhã, quando o raposinho estava quase a sair da toca, de repente caiu gritando e voltou-se para a mãe tapando os olhos com as mãos.
"Mãe, ó minha mãe! Fui espetado os olhos! Foram picados! Está alguma coisa nos meus olhos! Tira! Tira!"
A mãe do raposinho ficou surpreendida e preocupada, tirou as mãos do filho dos olhos e olhou para eles. Mas, não encontrou nada.
Estranhou,saiu da toca e compreendeu o que é que tinha acontecido. Lá fora, havia tanta neve e tão branquinha! Estava a brilhar aos raios do sol. Como o filho não sabia o que era neve, pensou que os seus olhos tinha sido picados pelo brilho. Mas foi simplesmente a forte luz a reflectir na neve. A mãe explicou isto e o filho ficou aliviado. Começou a brincar com a neve. Esta era macia e semelhante ao algodão. Quando ele corria, os flocos de neve espalharam-se e apareceu um arco-íris.
A seguir, ele ouviu atrás um grande barulho "Bbzzz..." e de repente ele ficou coberto de tanta neve como se fosse farinha. Espantado, quase caíu mas fugiu para um lugar afastado. O que é isto? Virou-se para trás mas não encontrou nada. Não sabia que era a neve que tinha caído da árvore. A neve continuava a cair alí. Parecia uma linha de seda branca.
Voltou, então, o raposinho para a toca.
"Ó mãe, as minhas mãos estão frias, muito frias!" -disse o raposinho emostrou as suas mãos vermelhas e molhadas à mãe. Coitadinho! A mãe deu-lhes um sopro quente e cobriu-as ligeiramente com as suas mãos quentes."
Já te vais sentir bem. Depois de mexer na neve, as mãos ficam frias mas aquecem em pouco tempo. Não te preocupes!!" -dizendo isto, pensou que era melhor comprar umas luvas para o filho. Não queria que as mãos do filho tivessem frieiras e planeou ir às compras à cidade nessa noite.
A noite chegou e começou a cobrir o campo e a floresta, mas a neve estava tão branca que iluminava a floresta. A mãe e o filho sairam da toca mas ela estava com um bocadinho de receio. O filho escondeu-se debaixo da barriga da mãe e começaram a caminhar para a cidade. O filho estava com muita curiosidade porque era a primeira vez que saía da floresta.
Viram uma luz em frente ao longe.
"Ó mãe, está lá uma estrela!" - disse o raposinho.
"Não é uma estrela...."
A mãe parou com medo no caminho.
"É a luz da cidade."
Quando a viu, ela rembrou-se de uma má experiência. Há algum tempo atrás, ela tinha ido à cidade com uma amiga. Nesse dia, a amiga tentou roubar um pato de uma casa apesar dos pedidos da rapousa para que não o fizesse. Um homem descobriu-as e tentou apanhá-las, gritando. A mãe raposa teve muito medo e decidiu que nunca mais ia à cidade.
"Mãe....? Em que é que estás a pensar? Vamos alí agora!"
-disse o raposinho debaixo da barriga da mãe.
Mas ela não conseguiu avançar com o medo. Então, decidiu mandar o filho sozinho à cidade.
"Ó amor, dá-me a tua mão."-disse a mãe. Em seguida pegou numa mão do raposinho, e ela transformou-a numa mão humana de criança. O raposinho olhou estranhamente para ela, abriu-a, fechou-a e cheirou-a repetidas vezes.
"Ó mãe, é estranho. O que é isto?" e olhou outra vez para ela sob o brilho da neve.
"É uma mão de humano. Ouve, amor. Quando fores à cidade, vais encontrar muitas casas de humanos. Primeiro, procura a loja que tem uma placa com um desenho de chapéu. Bate a porta ligeiramente e diz a palavra de cumprimento
"Boa noite.".
Então, lá dentro está um humano que vai abrir um bocadinho a porta. Enfia a tua mão de humano no espaço da porta entreaberta e diz que queres umas luvas que fiquem bem na tua mão. Compreendeste? Não enfies a outra mão." -disse a mãe com a cara séria.
"Porquê, mãe?" - perguntou o filho.
"Porque os humanos não vão vender umas luvas quando eles souberem que o cliente é um raposo. Além disso, vão apanhar-te e por-te numa jaula. Os humanos são realmente muito perigosos e horríveis. " - disse a mãe.
"Ah é?"
"Nunca mostres a tua mão de rapouso. É esta, olha, é esta mão de humano que tens de mostrar!" - disse a mãe dando-lhe 2 moedas de cobre brancas para a mão humana.
O raposinho começou sozinho a caminhar na neve através do campo para a luz da cidade. Apareceu uma luz, depois duas...três...quatro.... e pouco a pouco a luz aumentou e por fim contou dez. O raposinho pensou que as luzes vermelhas, azuis e amarelas eram como as estrelas. Entrou na cidade, mas já era noite e todas as lojas já estavam fechadas. Só conseguia ver as luzes das janelas altas que reflectiam na neve.
O raposinho procurou a placa com o desenho de um chapéu e caminhou, caminhou, caminhou. Havia várias placas tal como de uma bicicleta e de óculos. Algumas eram novas e outras antigas. Ele não compreendeu o que significavam estas placas, pois era a primeira vez que ia à cidade.
Finalmente, encontrou uma placa com o desenho de um chapéu. Era uma placa com uma cartola preta e grande. Estava iluminada com uma luz azul.
O raposinho bateu levemente à porta como a sua mãe já lhe tinha ensinado.
"Boa noite."
Então lá dentro fez-se algum som e alguém abriu um bocadinho a porta. Uma linha de luz espalhou-se na terra, na neve branca.O raposinho ficou surpreendido porque esta luz era radiosa, e enganou-se na mão que devia mostrar. Enfiou a mão contrária na porta.
"Venda-me umas luvas que sejam próprias para esta mão."
O dono da chapelaria ficou surpreendido e duvidou. Era a mão
de um raposo. Um raposo estava a pedir-lhe para vender umas luvas? Estará
a tentar enganar-me? - pensou o dono.
"Primeiro, pague." - disse o dono. O raposinho deu 2 moedas de cobre.
Depois de as receber, o dono tocou nas moedas verificando o material e pensou que eram moedas verdadeiras. Tirou umas luvas pequenas de lã do armário e passou-as para a mão do raposinho. Dizendo obrigado, o raposinho retomou o caminho de volta.
"A mãe disse que os humanos eram perigosos e horríveis, mas não são. Ele viu a minha mão e não me fez mal nenhum." - pensou o raposinho. E, por curiosidade, quis ver como era "o humano" pois ele ainda não o tinha visto.
Passou perto de uma janela. Ouviu uma voz de humano. Que bonita, que simpática, que generosa é esta voz!
"Dorme, dorme, na minha mama, Dorme, dorme, nos meus braços...."
O raposinho acreditou que esta voz era de uma mãe humana porque a sua mãe também cantava para ele sempre que o adormecia....
Depois ouviu uma voz de criança.
"Ó mãe, acho que, esta noite com este frio, os raposinhos na floresta estão a chorar."
Então ouviu a voz da mãe:
"Os raposinhos na floresta também estão na toca a adormecer ouvindo a canção de mãe. Dorme, amor. Quem é que vai adormecer mais rápido? Tu ou o raposinho?"
De repente, o raposinho lembrou-se da sua mãe e correu para a sua casa o mais rapidamente possível. Tinha muitas saudades da minha mãe. Quero ver a minha mãe!
A mãe do raposinho estava à espera dele, preocupada, tremendo de frio. Quando viu que o seu filho se dirigia a ela, ficou muito alegre e deu-lhe um abraço muito apertado.
A mãe e o filho voltaram para a floresta. A lua já estava iluminando com a sua cor prateada.
"Ó mãe, não tenho medo nenhum dos humanos."
"Sim? Porquê?"
"Eu...enganei-me na mão que devia mostrar, mas o dono da capelaria não me prendeu. E deu-me estas luvas muito confortáveis."
Dizendo isto, bateu palmas com as luvas. A mãe ficou pasmada e falou para os seus botões.
"Afinal os humanos são simpáticos?! Os humanos são bons?!"
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