Japão anuncia medidas de emergência após queda de Bolsas

A sexta-feira é de muita preocupação. O medo da crise na Grécia acendeu um rastilho de pólvora ao redor do mundo e deixou governos em alerta e os mercados em suspense. As sete economias mais ricas já anunciaram que vão discutir a crise.

O parlamento da Grécia aprovou ontem à noite as medidas duríssimas impostas pelo FMI. No Japão, o governo adotou medidas para tentar conter os efeitos do choque na economia mundial. Mas o temor dos investidores não diminuiu e as Bolsas voltaram a fechar no vermelho.

O governo japonês abriu os cofres, mas isso não teve muito efeito até agora. O Banco Central do Japão colocou mais de US$ 20 bilhões à disposição dos bancos para que não falte dinheiro para as transações financeiras. A intenção é acalmar os nervos dos investidores e impedir que se repita o que aconteceu durante a crise de crédito dos Estados Unidos, em 2008, que provocou uma forte recessão.

A medida conseguiu conter a valorização do iene, o que sempre ocorre nesses momentos de crise e é prejudicial para as exportações japonesas. Mas não foi suficiente para impedir que as Bolsas de Valores da região terminassem o dia com números negativos.

A Bolsa de Tóquio foi a mais atingida da região. Fechou com -3,1%. Na Bolsa de Xangai, -1,9% e Hong Kong, -1,19%. O primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama, disse que está muito preocupado com a situação da Grécia e que o governo japonês vai tomar as medidas adequadas para lidar com a situação.

O governo do Japão também anunciou que os ministros das finanças do G7, o grupo dos sete países mais ricos do mundo, vão fazer uma reunião por telefone mais tarde para discutir a situação da Grécia. Mas o ministro japonês das Finanças acha que é pouco provável que sejam adotadas medidas imediatas como uma intervenção conjunta para estabilizar o euro.

O duro do sistema mais comum do mundo, o capitalismo, é esse efeito dominó.
Onde um país entra em crise, e leva outros com ele... difícil lidar em um mundo
tão globalizado no patamar que nos encontramos.

Crise... é sempre Crise!