Procuram-se monges budistas
Ter 18 Jan 2011 - 14:57
O budismo, especialmente o zen, é um dos símbolos da cultura japonesa no Ocidente. Mas a religião passa por profunda crise existencial que pode fechar as portas de templos milenares. De acordo com a Agência de Assuntos Culturais do Japão, havia 86.586 templos budistas em 2000. Em 2006, o número havia reduzido para 85.994. Uma queda de 0,6% pode não parecer muito. Mas isso significa que 592 templos deixaram de funcionar no período.
A crise do budismo é provocada basicamente por duas razões: faltam fiéis e monges para liderar os templos. Os japoneses possuem uma atitude flexível com relação à religião. Eles se despedem do ano velho em templos budistas, mas poucas horas depois recebem o ano novo em santuários xintoístas. Casamentos são comemorados em rituais xintoístas ou em igrejas cristãs. Os funerais, no entanto, são quase sempre cerimônias budistas. Há uma lucrativa industria de cerimônias envolvendo enterros, funerais e memoriais.
A imagem de que a tradicional religião cuida mais dos rituais dos mortos do que das necessidades espirituais dos vivos tem reduzido o interesse dos fiéis. Além disso, o recente advento de casas de funeral em moldes mais ocidentais também desafiam o monopólio do budismo nesse tipo de cerimônia. O fato é que o budismo está perdendo importância na sociedade japonesa.
Santuários de centenas de anos de tradição encontram dificuldades para encontrar sacerdotes para a próxima geração. É o caso do templo de Zuikoji, que foi construído há 700 anos. O atual sacerdote-chefe, Ryoko Mori, é o 21º líder do templo, mas não tem certeza se conseguirá encontrar o 22º. E as dificuldades em Zuikoji são encontradas em diversas outras regiões.
“Nas cerimônias islâmicas ou cristãs, são feitos sermões sobre questões espirituais que fazem parte da vida dos fiéis. Porém, hoje em dia poucos sacerdotes budistas fazem isso no Japão”, disse Mori ao jornal The New York Times.
A falta de sucessores está afetando templos familiares por todo o Japão. Enquanto a religião perde espaço nas cidades, as regiões rurais estão cada dias menos populosas. No templo de Oga, em Akita, a queda na população da decadente cidade pesqueira está ameaçando o templo local. “Não é um exagero dizer que é a população é hoje duas vezes maior do que já esteve e todos os negócios também diminuíram pela metade”, disse Giju Sakamoto, 74 anos, 91º líder do templo budista mais antigo de Akita, que foi fundado no ano 860. “ Tendo isso em vista, não basta insistir que somos parte da história da província para sobreviver. É por isso que eu acho que esse templo não tem salvação”, disse Sakamoto.
Sakamoto está tentando integrar o templo à vida dos moradores para garantira a sua sobrevivência, abrindo uma creche e um novo templo nos subúrbios da cidade de Akita. O templo, no entanto, atraiu apenas 60 membros desde sua abertura há alguns anos, muito menos do mínimo de 300 necessários para que o templo se torne viável economicamente.
A crise do budismo é provocada basicamente por duas razões: faltam fiéis e monges para liderar os templos. Os japoneses possuem uma atitude flexível com relação à religião. Eles se despedem do ano velho em templos budistas, mas poucas horas depois recebem o ano novo em santuários xintoístas. Casamentos são comemorados em rituais xintoístas ou em igrejas cristãs. Os funerais, no entanto, são quase sempre cerimônias budistas. Há uma lucrativa industria de cerimônias envolvendo enterros, funerais e memoriais.
A imagem de que a tradicional religião cuida mais dos rituais dos mortos do que das necessidades espirituais dos vivos tem reduzido o interesse dos fiéis. Além disso, o recente advento de casas de funeral em moldes mais ocidentais também desafiam o monopólio do budismo nesse tipo de cerimônia. O fato é que o budismo está perdendo importância na sociedade japonesa.
Santuários de centenas de anos de tradição encontram dificuldades para encontrar sacerdotes para a próxima geração. É o caso do templo de Zuikoji, que foi construído há 700 anos. O atual sacerdote-chefe, Ryoko Mori, é o 21º líder do templo, mas não tem certeza se conseguirá encontrar o 22º. E as dificuldades em Zuikoji são encontradas em diversas outras regiões.
“Nas cerimônias islâmicas ou cristãs, são feitos sermões sobre questões espirituais que fazem parte da vida dos fiéis. Porém, hoje em dia poucos sacerdotes budistas fazem isso no Japão”, disse Mori ao jornal The New York Times.
A falta de sucessores está afetando templos familiares por todo o Japão. Enquanto a religião perde espaço nas cidades, as regiões rurais estão cada dias menos populosas. No templo de Oga, em Akita, a queda na população da decadente cidade pesqueira está ameaçando o templo local. “Não é um exagero dizer que é a população é hoje duas vezes maior do que já esteve e todos os negócios também diminuíram pela metade”, disse Giju Sakamoto, 74 anos, 91º líder do templo budista mais antigo de Akita, que foi fundado no ano 860. “ Tendo isso em vista, não basta insistir que somos parte da história da província para sobreviver. É por isso que eu acho que esse templo não tem salvação”, disse Sakamoto.
Sakamoto está tentando integrar o templo à vida dos moradores para garantira a sua sobrevivência, abrindo uma creche e um novo templo nos subúrbios da cidade de Akita. O templo, no entanto, atraiu apenas 60 membros desde sua abertura há alguns anos, muito menos do mínimo de 300 necessários para que o templo se torne viável economicamente.
- pieceAdministrador
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Re: Procuram-se monges budistas
Qua 1 Jun 2011 - 12:22
Caramba crise até no Budismo realmente as coisas estão cada vez mais complicadas e o povo não só japones, mas geral ta perdendo o interesse a diversas atividades até mesmo religião e isso é triste...
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