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delphine
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Sonhos de Outra Vida! - Déjà Vu Empty Sonhos de Outra Vida! - Déjà Vu

Qui 17 Dez 2009 - 18:26
Sinopse: Parecia um sonho ou eram visões de outra vida? Ela não sabia dizer, sabia apenas que precisava descobrir disso o mais rápido possível, pois as coisas estavam começando a ficar mais misteriosas.

Gênero: Death fic, Drama, Mistério, Romance.
Avisos:Álcool, Heterossexualidade, Mutilação, Nudez, Tortura, Violência, Spoiler
Classificação:+16

Nota: Essa fic foi escrita originalmente por mim e pela medeia, por tanto, em certo momento elas irão se unir...


Última edição por delphine em Seg 28 Dez 2009 - 15:31, editado 1 vez(es)
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Sonhos de Outra Vida! - Déjà Vu Empty Re: Sonhos de Outra Vida! - Déjà Vu

Qui 17 Dez 2009 - 18:28
Estava sentada na frente de minha casa no meio da montanha congelada, meus cabelos negros estavam presos em uma trança frouxa que chegava abaixo de minha cintura, meus olhos estavam fechados, e meu mestre estava sentado na minha frente, o incenso aceso e uma espada defronte a cada um de nós.

Eu me sentia estranha, mas muito bem, eu estava conseguindo ouvir todos a minha volta, minhas linces brincavam com a neve que caía fraca lá fora, os guardiões, que rondavam o cemitério estavam sentados tomando chá e as criaturas que habitavam aquela montanha estavam na floresta azul, sim, a floresta daquele lugar não era como as outras, ela era azul, linda por sinal.

Mas algo mais estranho que minha sensação de total conforto, foi a aparição de um rapaz, ele era moreno, seus olhos eram dourados, sua pele era branca, seus muscúlos eram definidos, mas não eram muitos.

Eu podia vê-lo correndo, não, eu não o via, eu via o que ele estava vendo, eu estava na cabeça dele, podia ver pelos olhos dele e sentia o que ele estava sentindo, ele estava apavorado.

"Não!" Eu gritei, meu mestre levanta-se e segura meu rosto em suas mãos, "O que houve Takeo?"

"Tem um homem no meio da floresta, ele precisa de ajuda." Meu mestre levanta-se rapido e me pede para aguardá-lo na casa, pede para a mulher guardiã ficar comigo lá, pois podia ser que eu visse mais alguma coisa e ela poderia avisá-lo disso.

Meu mestre corre pela floresta e encontra o rastro de sangue deixado pelo homem, ele deve ter passado pelas Lâminas de Fogo Congelado, estava muito ferido e com certeza, uma das criaturas o estava perseguindo, se usava magia estava perdido, pois a magia era contida naquele lugar, apenas mestres podia usá-la e devia ser ´para sua proteção e de seus companheiros e dos aldeões, que viviam ao pé da montanha.

O meu mestre o encontrou escondendo-se em uma caverna, pessimo lugar para um esconderijo, certamente não era daqui, pois se fosse saberia que entrar na floresta era o primeiro passo para morrer e entrar em uma caverna era o segundo, caso você sobrevivesse ao primeiro, por sorte, dele, claro, o lugar estava vazio, pois seu habitante havia saído para caçar outro tipo de vitima, uma que não podia fugir, gritar ou até mesmo espernear, ele estava no cemitério.

Eu podia vê-los. "Matsumi, tem demonios no cemitério", Matsumi era uma garota linda, pele clara, olhos azuis, longos cabelos loiros que viviam presos em um rabo de cavalo, ela usava uma roupa meio escandalosa, na minha opinião, apesar de nunca vê-la sem ser pelos olhos dos irmãos.

Ela usava uma lança que era duas vezes o seu tamanho e 15 vezes o seu próprio peso, ouro puro, ela levanta-se e vai até o cemitério, pedindo para que eu não saísse da casa. E é o que eu faço, fico ali, vendo o meu mestre trazer o rapaz consigo.

Assim que os dois chegam, meu mestre me pergunta onde a Matsumi estava, pois ele não gostava de me deixar sozinha, mesmo sabendo que eu podia muito bem me cuidar. Eu não sei como, mas podia ver o olhar triste do homem, sem precisar vê-los pelos olhos de meu mestre, ele não era normal, pois suas feridas já estavam cicatrizadas e meu mestre não usava magia de cura e nem poderia.

"Sente-se!" ordena meu mestre e o homem o atende.

"Qual o seu nome?" pergunta Takuia, um dos irmãos guardiões.

"Ism" responde o estranho.

"Você gostaria de um pouco de chá Ism?" eu lhe pergunto, ele olha meu rosto pela primeira vez, agora o via pelos olhos de minhas linces que estava do meu lado deitadas, ele realmente era lindo. Ele abre a boca e arregala os olhos de forma estranha, então acena com a cabeça, fazendo uma expressão menos dura.

Sirvo o chá para todos, então escutamos a voz da Matsumi, Takuia e Takuro vão ao auxilio dela e meu mestre fica apenas esperando, eu estava aflita e nervosa, queria lutar, mas não queria que eles se ferissem, pois eram guardiões. Mas eles derrotam o demonio, ele tinha quase 3 metros de altura e era acinzentado, talvez por comer apenas mortos, ou por ser quase morto mesmo.

A noite já estava caindo na montanha congelada, os guardiões voltam para a casa depois de mais um dia de trabalho, mesmo sendo a noite o momento mais perigoso, a função dos guardiões era proteger a todos durante o dia, a noite essa função era de outro tipo de guardiões. Pois como se tratava de demonios, não podiamos simplesmente brandar uma espada para eles e matá-los, pois querendo ou não são imortais, apenas aqueles com habilidade e poder espiritual suficiente podiam fazê-lo e aqui na montanha, sobrevivia apenas os realmente forte, com o coração puro e forte.

Agoa era o momento para as orações, ao norte da montanha, onde havia um campo de neve, todas as noites surgia um templo, onde as sacerdotisas do gelo rezavam por todos e cuidava para que nenhum fosse pêgo pelos demonios, coisa que muitas vezes falhava, pois um ou outro sempre acabava morrendo.

Mas isso eram coisas normais, pois os que morriam eram os que esclhiam esse caminho, vou esclarecer as coisas, aqui, aqueles que morriam podiam voltar para concluir seu trabalho na terra e aqueles que morriam que já haviam concluído sua missão iam para junto daquele que nós criou e protegiam seus familiares e a todos que eram bons, às vezes até retornavam para ajudar a quem precisava.

Eu estava em meus aposentos, ao lado dos aposentos do rapaz eu estava meditando, pude ver uma floresta, eu corria muito rápido, estava sendo perseguida por lobos, mas eu era mais rápida, fugia deles sem nenhum problema. Eu não era eu, não via pelos olhos de outra pessoa, eram meus próprios olhos.

Mas então eu sinto olhares sobre mim, e me viro, uma de minhas linces ergue a cabeça e eu posso ver o rapaz me olhando de uma fomra diferente.

"Olá! Não sabia que estava ai, entre, sente-se aqui comigo" eu o peço para conversarmos, ele parecia ser um rapaz legal, ele se senta na minha frente e continua me olhando.

"Me diga, como você chegou aqui?"

"Fui atraído para cá por uma energia muito grande" ele me responde, sua voz era grave e boa de se ouvir.

"Como um demônio?" sei que minha pergunta pode ter assustado ele, mas da forma que ele falou parecia exatamente isso.

"Exatamente! Como um demônio" ele me respondeu de uma forma tão triste que eu me senti mal pela pergunta.

"Me desculpa, é que eu..." mas ele balançou a cabeça dizendo que não, sua energia era linda, possuia uma tonalidade dourada e o envolvia completamente.

"Hãm... Desculpa a pergunta, mas, porque você vive com os olhos fechados? Porque até agora, desde que cheguei não vi a cor de seus olhos" pergunta ele em tom curioso, eu não aguento e riu da pergunta, ele fica sem entender nada, claro.

"É que sou cega, nasci assim" respondo sorrindo, abrindo assim meus olhos mostrando-lhe o cinza deles.

"Sinto muito" diz ele baixando a cabeça, eu me levando e sento mais perto e seguro seu rosto em minhas mãos levantando-o.

"A culpa de eu ter nascido assim não é sua Ism, a culpa disso é de minha vida passada e nem dela, a culpa não é de ninguém, pois eu sou cega, mas sou capaz de fazer de tudo, até o chá que você tomou foi feito por mim, pois nasci com um dom, posso enchergar pelos olhos das outras pessoas" ele me olha por um tempo e depois sorri, com isso me sento novamente, agora mais perto dele.

Conversamos por um tempo, ele era muito divertido, engraçado e, cá entre nós, muito bonito. Não dormimos, não precisavamos disso, e vimos o sol nascer no horizonte. "Sempre quis ver o sol nascer em outros lugares, mas acredito que apenas aqui ele nasce dessa maneira tão linda"

esse era o meu pensamento, com certeza eu amava o meu mundo, o meu lar, com certeza eu amava o meu inferno congelado.
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Qui 17 Dez 2009 - 18:41
maravilhosa como sempre, sempre disse que vc é uma espécie de mestra na arte de se fazer fics, ficarei aqui sdempre a espera ok
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Qui 17 Dez 2009 - 18:58
Estava em um tipo de torre, era escuro, úmido e frio, lá em baixo eu podia ver as crianças brincando e se divertindo, eu queria estar lá com as outras, mas minha tutora sempre dizia que eu não podia ficar ali junto com as outras, pois eu era diferente delas, mais do que elas poderiam suportar.

Pouca luz podia invadir o lugar, o único lugar que conheço desde muito pequena, eu sentia raiva das pessoas que me prendiam ali e me obrigavam a rezar e a usar meus dons em vão. Hoje era mais um dia em que o sacerdote iria me visitar, eu já estava com 9 anos de idade e ele sempre vinha periodicamente me ver. Meu corpo já estava começando a mudar, minha mente também e minha força aumentava mais e mais.

Eu usava um vestido de seda branco, na cintura havia detalhes azulados, meu cabelo negro estava solto com um trançado enfeitado com flores que minha tutora me trazia sempre. Eu ficava sentada em minha cama meditando, esperando pela visita do sacerdote e de minha tutora, Katy.

Eles estavam perto, eu podia sentir isso, fato, eu sentia a presença de todos naquele lugar, como era o lugar? Eu também não sei dizer, mas sei que era um templo, onde as sacerdotisas eram treinadas, para poderem ser mandadas para seus respectivos templos.

Eles entram no quarto e eu vou falar com Katy, ela era linda, cabelos castanhos, olhos azuis e pele clara, linda, e uma pessoa muito doce, sempre que estava perto de mim eu me sentia muito calma e eu a tinha como minha mãe, pois nunca conheci a minha mãe.

O sacerdote se aproxima de nós, como sempre fazia, seus braços abertos para nos abraçar, eu nunca gostei dele, sempre me agarrava a Katy quando ele vinha par aperto demais, ele encosta sua mão no ombro de Katy e ela se afasta de mim olhando-o de uma forma que eu nunca vi antes.

Ela sai do quarto e isso começa a me deixar nervosa, ficar no mesmo lugar com ele me deixava irritada, me fazia perder o controle sobre meus poderes, mas eu estava tentando me manter calma. Ele se aproxima de mim colocando sua mão em meu rosto. “Você ficou linda Izabelly, muito linda mesmo”, ele tenta me agarrar, ser asqueroso e nojento, eu senti tanto ódio dele que não vi mais nada na minha frente, eu estava vendo tudo vermelho na minha frente e meu único pensamento era matar aquele velho nojento. Eu começo a liberar meus poderes em cima dele, usando minha mente para torturá-lo, esse era um de meus dons, o qual eu ainda tinha certa coragem de usar.

Ele gritava feito louco, pedindo que eu parasse com aquilo, porém eu senti prazer em ver a dor dele, então uma forte paz invade meu ser, Katy estava em meu quarto novamente e meu foco retorna para ela, o sacerdote levanta assustado e Katy o olha com desprezo, não sabia que ela desprezava ele também...

Ele vai embora e eu conto a ela o que ele tentou fazer comigo, ela me abraça e pede desculpas, senti suas lágrimas caírem em meu ombro e a ouvi sussurrar, “Desculpa”.

Eu estava de volta em minha casa nas montanhas geladas, estava em meu quarto, deitada em meu futon*, Ying e Yang estavam deitados junto comigo, eu havia adormecido essa noite? Milagre em se tratando de um lugar onde o sono não era muito comum, mas eu não era nem um pouco comum, então estava tudo bem.

Eu me levanto ainda com meus olhos fechados, me concentrando na energia de meu mestre, ele estava treinando como todas as manhãs ele fazia, Matsumi, Takuia e Takuro estavam andando pelo cemitério, fazendo sua ronda matinal e o Ism estava sentado na frente da casa e mais uma vez eu havia tido o mesmo sonho esquisito, sempre o mesmo, porque será que eu tinha esse sonho tantas vezes?
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Qui 17 Dez 2009 - 19:06
olha e vai o segundo capítulo como sempre bem escrito
primeira pessoa é difícil mesmo, mas tenta não usar muito o EU ta flor
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Qui 17 Dez 2009 - 19:26
Levantei-me disposta a treinar, precisava disso senão enferrujaria e usar minhas habilidades apenas para ver o perigo não estava me ajudando muito, estava ficando estressada e nervosa, e um tanto sonolenta demais, visto meu quimono e vou para fora, meu quimono era idêntico aos quimonos das Mikos*, porém a parte de baixo dele era azul, meu cabelo, que passava de minhas nádegas estava preso em uma trança, como sempre o deixava.

Pego minha venda dentro de uma de minhas gavetas e coloco-a em meus olhos, certamente isso era inútil, mas mesmo assim eu a usava nos treinos, porque, querendo ou não, eu ainda enxergo a luz e isso me deixa com dor de cabeça.

Pego minha espada de gelo, sim, o mesmo gelo que tem nas Lâminas de fogo congelado, aquela pequena armadilha no nosso cemitério, que corta e queima ao mesmo tempo, minha espada era feita daquele material, o mesmo que tem em nossos túmulos, o gelo mais resistente que o próprio aço.

Ying e Yang levantam-se e me guiam até a parte externa da casa, tudo bem, eu já conhecia o caminho muito bem, mas é que sempre que ia sem elas tropeçava em algo que os irmãos haviam deixado no chão e com elas era mais fácil.

“Ying, Yang, por favor, fiquem por perto quando eu estiver treinando, não quero me machucar como da última vez.”

“Desculpa”, responderam-me em uníssono, oi? Sim, elas falam comigo, não apenas elas, mas todos os animais daqui desse mundo ou de qualquer outro mundo, nasci com esse dom, por isso posso olhar pelos seus olhos, prefiro os olhos de linces da montanha, mas o olhar de um lobo também é bom, porém é muito privado de cores.

Assim que chego na frente de casa, o Ism levanta-se e vem para minha frente, eu o via perfeitamente bem, mesmo sem precisar usar os olhos dos linces, eu o via em meu coração e sentia um frio na barriga sempre que pensava nele, mas isso não importa muito no momento.

“Bom dia Takeo-san”

“Bom dia Ism-kun” eu o comprimento da mesma maneira que ele o fez comigo, bem, pelo menos não começamos a falar em japonês aqui.

“Desculpe minha intromissão, mas, para onde a senhorita vai?” bem, ele foi meio intrometido sim, mas não me importei, apenas sorri e lhe respondi a pergunta.

“Vou treinar, preciso disso senão eu morro enfurnada dentro de casa e ficar parada não é comigo”.

Ele ficou me olhando de um jeito estranho depois dessa minha resposta, mas depois ele volta ao normal.

“Posso ir com você?”, como era fofo, eu senti vontade de apertar ele naquela hora. Nós dois vamos juntos para o quintal, na parte de trás da casa, onde nasciam flores ao redor, sim, flores numa montanha com neve, oras, vocês não sabiam que a vida pode existir nos lugares mais surpreendentes não?

Eu me ponho em minha posição e começo uma dança com minha espada, sabia que ele estava me observando, pois algumas vezes me via por seus olhos e percebia que seu olhar era diferente do olhar dos outros.

Ele se junta a mim no treinamento, ao meu lado, os mesmos movimentos, uma harmonia incrível, então eu simplesmente tropeço em uma pedra no chão e espero pelo impacto, porém sinto apenas braços fortes ao redor de minha cintura. Sua aura me envolve e nossos rostos se aproximam, eu podia sentir seu halito, então eu apago.
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Sonhos de Outra Vida! - Déjà Vu Empty Re: Sonhos de Outra Vida! - Déjà Vu

Sex 18 Dez 2009 - 10:07
Eu me via em uma pequena aldeia, onde vivia com minha família, eu era um garoto de mais ou menos 7 anos de idade, meu melhor amigo era um rapaz de cabelos negros e olhos azuis, ele vivia com um casal de ajudantes, pessoas que ajudam as outras que precisam, são os anjos da guarda daqueles desamparados, que perderam a família nas guerras ou por algum assassinato.

Tio Frank e tia Aurora, eles dois eram maravilhosos, eu brincava com o El desde que era bem pequeno, ele me ajudava muito também, sorridente, feliz e totalmente diferente dos pais, bem, ele havia sido “adotado” por aquela família, pois havia aparecido por ali vagando solitário. Ele era expert em qualquer tipo de arma, apesar de ter a mesma idade que eu, ele era o melhor.

Um dia eu e ele fomos para o rio, nadar como qualquer criança dali, minha irmã Demeia era muito pequena, 3 aninhos, por isso não tinha vindo conosco. Mãe e pai estavam em casa, cuidando da lavoura e fazendo os trabalhos de casa, o meu trabalho em casa era cuidar dos animais e eu sempre fazia isso bem cedo, para poder brincar sem me preocupar.

Nesse dia em especial, eu e El estávamos afim de ficar em casa mesmo, mas nossos outros companheiros insistiram em irmos, então nós fomos com eles, nos divertimos bastante, quando estávamos voltando para casa, dentro da floresta ainda, era possível ver muita fumaça vindo da aldeia, corremos feito loucos, estávamos desesperados.

“El, estou com um mal pressentimento.”

“Eu também Darkar, vamos.” e nós corremos mais ainda, quando chegamos na aldeia, várias casas haviam sido queimadas, várias famílias estavam chorando, os pais do El estava tentando acalmá-los, Aurora usava seu dom para acalmar as pessoas e faze-las esquecer sua tristeza, enquanto Frank os fazia seguir em frente e superar esse trauma, eu não me importo muito com isso e corro para minha casa, no final da colina, longe das outras casas, então eu vejo um homem, ele usava uma capa preta, uma armadura, era um LORD, mas o que um lord estaria fazendo naquele lugar? E qual seria o reino que ele protegia? Então eu vejo minha mãe sair da casa chorando, ensanguentada, ele saca sua espada e corta o pescoço de minha mãe sem nenhuma piedade e em seguida taca fogo em minha casa, não consegui pensar em nada, o ódio que eu sentia estava me segando, porém um par de braços me segura em meu lugar, era meu amigo.

“Me solta, eu vou matar aquele maldito.”

“Darkar, o ódio apenas vai cegá-lo, você precisa aprender a usar uma arma para poder lutar contra ele, ele é um LORD, um cavaleiro de um reinado, um pau-mandado do rei e faz parte de uma ordem de guerreiros mais que qualificados para lutar contra demônios e seres desse tipo.”

Ele tinha razão, eu não tinha chance alguma contra aquele homem, nenhuma, por isso eu ia treinar bastante, até ser melhor que ele, para matá-lo e vingar minha família, mas a pergunta é: se ele era um LORD, e os lords são designados para missões de alto-risco, então porque ele havia matado minha família? E porque toda a aldeia havia sido queimada?

Depois disso a família do El havia me adotado e ele havia me ensinado a lutar, eu havia me tornado tão bom quanto ele usando arcos e flechas e meus punhos, porém de tudo que eu havia aprendido, usar a espada era meu forte, a espada parecia falar comigo e estávamos ligados como um único corpo.

O tempo passou e muita coisa aconteceu em minha vida, encontrei uma mulher incrível, ela se chamava Carmen, era linda, loira, pele clara, olhos verdes e delicada, em certos momentos ela me fazia esquecer do meu ódio pelo LORD.

Um dia, quando e Carmen estávamos juntos na beira do lago, eu ouço cascos de cavalos, e uma presença maligna entre os que estavam no cavalo, era ele, me levanto de um salto, Carmen me olha espantada e eu peço que ela fique onde estava, eu vou atrás da energia, era ele, com certeza, paro em frente ao seu cavalo e ele me olha nos olhos, arregala os olhos e um sorriso maligno surge em seu rosto deformado pelas batalhas, ele desce do cavalo e saca a espada.

Eu faço o mesmo, porém não sorria de forma alguma, nos rondamos, os outros LORDS apenas observavam, não se meteriam, não sendo o que eram, guerreiros honrados e corajosos, que lutam pelo seu rei, mas principalmente pelo seu povo. Era essa a conduta de um LORD, porém aquele homem fazia isso parecer bobagem, ele não seguia nada o que a ordem dos cavaleiros dizia, era um guerreiro desonrado.

Ele começa o seu movimento, ele era rápido,eu, bem, eu era duas vezes mais rápido que ele, não importava quantas investidas ele desse, eu sempre me livrava de seus ataques, os "companheiros" dele nos observavam, altivos e imponentes, ele estava sendo derrotado por um moleque, filho de camponeses.

Finalmente ele caí e a lâmina de minha espada crota-lhe a face, meus olhos refletiam meu ódio, mas meus ataques demonstravam calma, meu corpo passava isso, a segurança com que eu usava a espada era incrivel, até eu me assustei, pois quando o El me ajudava nos treinos eu era sempre muito agitado e brandia a espada, batendo no ar e não cortando-o como estava fazendo agora.

Ele estava caído a meus pés, desarmado, indefeso, exatamente como meus pais e minha irmã deviam estar. Meu ódio fica mais forte, os cavalos dos outros LORDS ficam agitados e um deles se pronuncia, ele era loiro, olhos azuis, pele branca e um sorriso juvenil. Ele se chamava Carius. Ele pergunta se matá-lo e me vingar do que ele fez era o que eu queria, e realmente era, eu consenti com a cabeça e Carius apenas me sorri e em seguida olha com despreso para o homem caído, suas únicas palavras foram, "Adeus Markus". O homem me olha com terror nos olhos, os outros LORDS nem pareciam estar ali, eu não pensei duas vezes e cortei-lhe a cabeça, me sentindo vingado.

Os LORDS sorriram e passaram por mim, fazendo leves reverencias com a cabeça, eu estava vingado, minha família também, e o melhor de tudo, não senti remorço, nem culpa por isso.
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Sonhos de Outra Vida! - Déjà Vu Empty Re: Sonhos de Outra Vida! - Déjà Vu

Sex 18 Dez 2009 - 10:18
Acordei em meu quarto, havia adormecido novamente, isso estava começando a ficar comum para mim, Ism estava sentado na porta de meu quarto, que dava para o quintal, minhas linces estavam ao lado dele, eu podia sentir suas presenças tão claramente que chegava a doer em meus ossos.

Estava de noite ainda, não havia luz do lado de fora, mas era possível se escutar o trotar de cavalos. Mas, quem seria louco de andar a noite nesse lugar? Nem mesmo meu mestre, que era o ancião protetor dessa região saía a noite, imagine uma pessoa a cavalo, me levantei de um salto pegando minha espada, eu iria ajudar essa pessoa, pois certamente não devia saber dos perigos que estavam escondidos lá fora, porém braços fortes enlaçam minha cintura, seu calor estava me deixando aquecida e seu cheiro amadeirado estava me entorpecendo.

“Ism, eu preciso ajudá-lo, ele está correndo perigo e...”

Porém minha fala fora cortada, eu podia ver sua imagem em minha mente, sua energia dourada incandescia os meus olhos.

“Ele é um LORD Takeo, não precisa de sua ajuda.” Ele me diz, soltando minha cintura e sentando-se novamente, então concentro-me em minhas linces, Ying, a fêmea, olhava para Ism com ternura e eu pude perceber um rubor surgir na face dele, então me sento ao seu lado.

“Obrigada!”

“Porque?”

“Por ter me trazido para dentro hoje quando apaguei.”

“Não fiz mais do que deveria.”

“Mesmo assim obrigada.”

Ao dizer isso me aproximo dele, como não podia ver para onde ir exatamente, meus lábios pousam sobre os seus, mas isso foi muito melhor do que um beijo na bochecha. Nos afastamos e eu me desculpo, vejo que sua energia dourada estava começando a ficar em um tom rosado, então olho pelos olhos do Yang, ele estava rubro, totalmente rubro e isso me fez sorrir internamente.

Ficamos ali calados por um tempo, até que crio coragem e me aproximo, deitando minha cabeça no ombro dele, era tão bom ficar ali, ele cheirava tão bem e sua energia me acalmava. Eu quase adormecia ali, quando senti ele se mexendo, então percebo que sua energia estava agressiva e ao mesmo tempo protetora, então uso seus olhos para enxergar o que o fazia ficar daquele jeito, era um Lord das Neves, ele estava na porta do meu quarto, espada em punho e suas feições eram duras e sua posição era de alguém que iria atacar.

Ism não se movia, mas o que aquele homem estava fazendo em meu quarto? E porque queria nos atacar? Porque? Eu sentia meu sangue ferver, eu não conseguia pensar direito, queria matá-lo por invadir meu lar e ameaçar a mim e ao Ism, minhas linces refletiam meus sentimentos, elas se encresparam para ele e estavam em posição de ataque, minha espada estava na minha mão, eu não teria piedade, então o homem vem em nossa direção e antes que eu pudesse pensar e antes do homem conseguir chegar até nós, Ism já estava com uma espada cravada no peito dele, eu pude ver o rasto de energia deixada por eles, a de Ism dourada, a do homem um tom de roxo.

Eu fiquei pasma, ele era rápido, sobrehumano, isso não era esquisito por aqui, mas apenas os anjos, ou demônios eram tão rápidos, a energia dele estava diferente agora, ele se vira, o sangue do lord em suas roupas, eu podia ver nos olhos de Ying, ele estava com feições duras.

“Ism, o que houve?”

“Era o lord que estava fazendo a ronda.”

“O que ele queria?”

“Me matar.”

“Como assim te matar? Que eu saiba os Lords só matam demônios.”

Foi ai que minha ficha caiu, ele era um demônio, ou quase um, mas não podia ser, porque ele era doce, gentil, educado e tudo de bom. Eu não queria acreditar nisso, então, como se lesse minha mente ele explica tudo.

“Nem mesmo eu sei o que sou, sinto desejo pelas almas das pessoas, mas não consigo fazer mal a nenhuma, apenas aquelas que tentam me machucar.” Ele segurava meu rosto em suas mãos, e eu sabia que estava olhando em meus olhos, apesar de tudo eu sabia disso, eu sentia isso.

“Eu fugi durante muito tempo e seu mestre sabe o que sou, no dia que ele me salvou da floresta ele disse que pensava que eu era normal, mas depois que viu meus olhos percebeu que eu era algo mais, então eu lhe contei o que eu era, mas mesmo assim ele decidiu me salvar, ele disse que sentiu que eu era bom...”

Senti um lágrima correr pelo meu rosto, e seus dedos enxugarem-na delicadamente. “Você vai me deixar.” Foi a única coisa que consegui dizer, pois minhas lágrimas agora corriam feito loucas pela minha face. Ele me abraça e afaga meus cabelos que estavam soltos. “Nunca mais vou deixar você, não de novo.”
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Sex 18 Dez 2009 - 11:34
Nosaaa que história incrivel adorei muito boa mesmo parabens.

O cara é um demonio?! Que loko hein mais legal é a guria que é cega nos olhos dela mas consegue ver usando os dos outros.
Mais uma fic que vou acompanhar.

Continua quero ler mais. XD
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Dom 20 Dez 2009 - 12:18
Ah, ta, tive que reler uma parte pra entender.
Muito legal, e criativo.. fiquei até com inveja kkkkkk
nunca pensei em algo como ser ecega e ver pelos olhos dos outros
Padrão!

Eu me confundi um pouco no segundo, mais no fianl entendi que era um sonho.
e que sonho estranho, então ela consegue torturar as pessoas. OO

Legal, parabéns Del-chan!^^

PS.: Lia só até o cap. 2
depois eu leio mais e comento^^
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Dom 20 Dez 2009 - 12:20
Sem problemas Raidam-senpai, eu leio a sua quando tiver um tempinho ^^
Obrigada...
Beijos *-*
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Ter 22 Dez 2009 - 15:42
Li mais dois!
Nossa, essa menina pode ser cega, mas em troca dissso
é muito fodástic# kkkkk
Tô gostando, depois eu leio o ultimo e comento.
(N
Good, verry good
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Ter 22 Dez 2009 - 17:44
tks *-*
Ela é d+ mesmo xD ^^
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Sonhos de Outra Vida! - Déjà Vu Empty Re: Sonhos de Outra Vida! - Déjà Vu

Ter 22 Dez 2009 - 18:27
Finalmente eu ia sair de minha clausura, estava ansiosa por isso a tanto tempo. Queria ver o sol tocando minha pele e estava louca para sair daquela gaiola de ouro em que eu vivia, iria ser livre finalmente. Graças a uma mulher que falou com o sacerdote eu pude sair daqui e vou para um outro templo, junto com algumas das garotas.

“Não estarei lá com você Izabelly, por isso mantenha a calma e tente não usar seu dom à toa.” Katy era como uma mãe para mim, sempre preocupada comigo.

“Pode deixar Katy, irei me controlar.” Eu sabia que iria me controlar, mas mesmo assim me sentia aflita por ela ter que ficar ali, mas era uma escolha dela, ela havia decidido isso.

Estávamos indo em direção a saída do templo, lá havia muitas árvores, muitos pássaros, era lindo, simplesmente perfeito, eu sorria feito uma boba por poder ver a floresta do lado de fora e uma bela carruagem dourada ali também.

Então ouço um comentário de uma das aprendizes daquele lugar. Ela disse mais ou menos isso: “Eles dizem que somos todas tratadas igualmente, mas essa daí tem até escolta para ser levada para o outro templo, enquanto nós temos apenas uma simples carruagem de madeira ela tem essa feita de ouro...”

Eu abaixo minha cabeça e me aproximo dela, mostrando-lhe minhas algemas, ela deveria calar-se, pois eu não possuía nenhuma regalia que elas não possuíam, eu era a mais injustiçada delas, fui presa desde minha infância enquanto elas brincavam e tinham sua infância, fui tirada de minha mãe, enquanto elas tiveram certa parte de seu tempo com a sua família.

Eu era temida, enquanto todas, ou grande parte delas, eram amadas por sua família, ou por seus amigos. Ao chegar na carruagem vejo três belos rapazes, um de longos cabelos negros e olhos castanho avermelhados, ele não sorria, mas era muito bonito, outro de cabelos negros mais curtos e belos olhos verde-esmeralda, era lindo e seu sorriso iluminava sua face alva e o outro, também de cabelos negros, sorria gentilmente para mim e me lembrava o irmão que nunca tive. Seu cabelo era mais curto do que o de olhos castanhos e um pouco mais compridos que o de olhos verdes, seus olhos eram azuis. Vi nele um amigo que não consegui ver em mais ninguém, fora uma pessoa que sempre estava conversando comigo, Dulce, minha primeira amiga.

Eu não sorria, não demonstrava nenhuma emoção, mas estava nervosa e ansiosa.

“Tomem cuidado com Izabelly por favor.” Pede Katy para os rapazes, os dois de cabelos curtos sorriem e o de cabelo comprido apenas acena levemente com a cabeça.

Eles eram lindos, não posso negar, mas não tinha nenhum outro homem que eu já tivesse visto, fora o nojento sacerdote, então para mim qualquer homem seria bonito, pois para mim um homem que tenta violentar uma menina é um crápula nojento e horroroso.

Eles se apresentam para mim com seus nomes de guerreiros, D'ark, o de cabelos compridos, Angel o de olhos azuis e DemonSlave, o de olhos verdes. Eu me apresentei com meu nome, Izabelly, eles me levaram até a carruagem e o D'ark foi conduzir a carruagem e o Angel e o DemonSlave vieram comigo dentro da carruagem, aquelas algemas estavam me machucando então eu começo a mexer os braços por causa do desconforto. DemonSlave vem para meu lado e pergunta o que estava acontecendo e eu lhe digo que é porque estava machucando meu braço e ele me solta.

Angel apenas sorri e diz que é só não dizer nada para o D'ark que estava tudo bem, eu estava feliz, havia arranjado novos amigos, mas o que mais me preocupava era não saber onde estava a minha amiga, pois a muito tempo não a via.

Achei que aqueles codinomes era perfeitos para cada um deles, pelo menos o de D'ark e o de Angel fazia justiça a personalidade deles, porque DemonSlave não me parecia muito apropriado para aquele homem tão gentil e educado, e particularmente lindo, talvez WarriorOfLigth seria melhor, ele não parecia ser um demônio escravo e sim um guerreiro de luz...


Última edição por delphine em Seg 28 Dez 2009 - 15:32, editado 1 vez(es)
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Sonhos de Outra Vida! - Déjà Vu Empty Re: Sonhos de Outra Vida! - Déjà Vu

Ter 22 Dez 2009 - 18:41
Estava sentada próxima a um lago, o lago que nosso líder fazia seus rituais, suas magias, eu apenas observava atenta. Meu marido caçava e eu apenas o aguardava, exatamente como outras mulheres de minha tribo.



Igual a elas, eu obedecia e cuidava de meu marido com carinho e todo amor que sentia por ele, mas diferente delas, eu possuia certa liberdade que elas não possuiam, meu amrido era o filho do líder, Olhos de Águia era um homem forte, destemido e muito carinhoso, cabelos negros como a noite sem luar, olhos negro azulados e a pele moreno dourado.



Um guerreiro, um homem decidido e sempre pensando em sua tribo, esse era meu marido, casamos da forma como nós índios casamos, não é como os de pele branca, nosso casamento é diferente, muito diferente.



Em meu casamento, pintei-me para embelezar meu corpo para meu esposo, enfeitei meus cabelos com penas das aves mais belas e enfeitei meu pescoço e meus braços com pulseiras feitas com sementes e outras matérias que usavamos. Minha roupa, sim usavamos roupas, era em tom branco e eu usava a pele de uma loba branca. O que praticamente dizia meu nome, meu nome indigena significa Lobo do Deserto, cabelos negros, pele dourada e olhos verde-acinzentados.



Meu marido fora escolhido no momento em que sai de minha tenda, onde uma roda havia sido feita e dois ou mais homens lutariam para mostrar quem seria digno de me desposar, a filha do curandeiro da tribo, o mais velho e sabio.



Três dos mais fortes guerreiros lutaram por minha mão, inclusive o filho do chefe da tribo, Olhos de Águia foi o mais bem sucedido dentre todos e o que sempre havia me chamado a atenção, meus negors olhos brilhavam ao vê-lo e os dele brilhavam em mesma intensidade.



Quando vi quem havia ganho me animei e percebi em seu olhar que ele havia gostado de minha reação, mas na tribo, homens e mulheres não demonstram animação ou qualquer tipo de sentimento desse tipo, demonstramos isso de forma simples e quase imperceptivel, se você não souber para onde olhar.



Em nossa tenda recebi todo seu carinho e tornei-me sua mulher ali, aos olhos de todos da tribo, eu não poderia ser tocada por outro homem, pois senão eu e o outro homem teriamos que morrer, mas eu não iria traí-lo, pois eu o amava a muito tempo. Se o meu marido tocasse outra mulher, virgem ou solteira, viúva ou qualquer coisa do tipo, eu teria que provar a todos que era melhor que ela, lutando contra a mesma e matando-a, provando ser digna de meu marido.



Vivemos bem durante muito tempo, até que meu pai faleceu, foi triste, principalmente para meu irmão que era muito apegado a meu pai. enterramos o seu corpo e eu e meu irmão rezamos por seu espirito, para que o mesmo fosse em paz e fizesse a passagem. Eu me tornei a Shaman da tribo, eu era aquela que trazia proteção a tribo contra os animais e meu irmão era o curandeiro, apenas curava suas doenças e seus ferimentos.



Depois da morte de meu pai, algumas poucas coisas mudaram, eu e meu irmão apenas tinhamos mais coisas a tratar do que antes e agora meu marido precisava provar ser digno de se tornar o próximo líder, pois apenas ser filho do mesmo não lhe dava poder para ser o próximo líder. Todos na tribo demonstravamos o nosso lugar de acordo com o que nos era dado e honravamos isso, não importava se tivessemos que agir como um subordinado, o que nos importava era nossa dignidade e apenas isso.



Lutamos por nossos ideais e para mostrar que podemos fazer aquilo que queremos, lutamos para provar que somos dignos e que estamos preparados para todos os desafios, pois apenas assim podiamos nos provar que somos capazes.
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Sonhos de Outra Vida! - Déjà Vu Empty Re: Sonhos de Outra Vida! - Déjà Vu

Seg 28 Dez 2009 - 23:42
Eu caminhava pela orla da floresta, meu mestre me proibia de penetrá-la, pois poderia ser muito perigoso, para os seres que habitavam ela, pois eu poderia acabar com o equilíbrio do lugar. Eu e minhas linces passeávamos, elas estavam felizes e brincavam correndo e pulando, eu estava pensativa.


~*~*~*

Senti uma lágrima correr pelo meu rosto, e seus dedos enxugarem-na delicadamente. “Você vai me deixar.” Foi a única coisa que consegui dizer, pois minhas lágrimas agora corriam feito loucas pela minha face. Ele me abraça e afaga meus cabelos que estavam soltos. “Nunca mais vou deixar você, não de novo.”

~*~*~*~

Não conseguia pensar em outra coisa, senão naquela noite onde o Lord nos atacou, o que ele quis dizer com "Nunca mais vou deixar você, não de novo"? Como assim não de novo? Eu queria entender tudo aquilo, sabia que não seria fácil entender isso, mas o mais importante, eu sabia que um dia entenderia, precisava falar com meu mestre, ele saberia me mostrar a luz que eu procurava.

Corro em direcção a casa, não era muito longe de onde eu estava, quando ouço uma voz feminina que me deixa muito irritada.

"Ora, ora, o que temos aqui? Uma ratinha cega" a mulher falava debochada, sua energia me deixava nervosa irritada, minhas linces rosnavam para ela e eu podia vê-la, suas cabelos eram loiros, olhos azuis e muito bonita, pele clara, apesar de tudo era muito bonita, porém possuía uma energia horrível.
"Quem é você? O que quer aqui?" eu precisava saber o que ela queria, senão mataria ela ali mesmo.
"Não lembra mais de mim Izabelly?" Izabelly, porque aquela mulher me chamou de Izabelly? Quem era essa mulher? Não parei para pensar e puxei minha espada, ela pareceu ficar surpresa, mas em seguida um sorriso sinico surge em seus lábios vermelhos.
"Você pesa mesmo que vai conseguir me ferir ceguinha?"

Ela me chamou de ceguinha novamente e a única coisa que me lembro é que a ataquei, sim, conseguia controlar minha raiva, mas ela não me parecia uma pessoa confiável, eu consegui feri-la e isso pareceu deixá-la surpresa, nossos rostos estavam próximos, meus olhos estavam vendados, mas mesmo assim eu conseguia vê-la por sua energia, era uma energia pura até, porém corrompida ao ponto de me deixar irritada.

Ela segura em meu ombro, minha espada fincada entre o braço e o ombro, seu sangue quente escorrendo e me sujando, me deixando enojada. Ela agora me olhava com ódio, eu podia sentir seu olhar em mim, mas não me importei, quando senti braços ao redor de minha cintura e pude ver 3 energias prateadas segurarem a mulher e uma energia branda aproximar-se. Era meu mestre, os irmãos e o Ism, eles viram tudo e vieram assim que perceberam a hostilidade na mulher.

Os irmãos seguraram-na, eram fortes o suficiente para isso, meu mestre veio falar comigo e Ism me segurava perto de seu corpo, ele estava me acalmando. Então meu mestre fala, sua voz me tira de meu mundo e me trás de volta ao lugar em que estávamos.

"O que você quer aqui?" meu mestre queria saber porque ela apenas havia me atacado, pois ela não parecia ser um demônio, era humana demais. "Eu? Vim aqui para matá-la." responde a mulher, eu sabia que ela se referia a mim, mas porque ela queria me matar? Muitas perguntas agora habitavam minha mente, porém poucas tinham resposta, sinceramente, nenhuma tinha resposta e eu precisava delas com urgência.
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Sonhos de Outra Vida! - Déjà Vu Empty Re: Sonhos de Outra Vida! - Déjà Vu

Ter 29 Dez 2009 - 15:40
Ta otima Del como sempre tudo q vem de vc eh otimo
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Sonhos de Outra Vida! - Déjà Vu Empty Re: Sonhos de Outra Vida! - Déjà Vu

Ter 19 Jan 2010 - 14:29
Ism não me largava, já estávamos dentro de casa, a mulher estava contida com pergaminhos que lacravam os poderes dela, mas mesmo assim ele continuava abraçado a mim, seu coração batia forte demais, ele parecia assustado.

Novas perguntas pairavam em minha mente, eu estava confusa e sabia que provavelmente aquela mulher poderia me dar algumas das respostas que eu precisava. Ainda abraçada ao Ism, eu me viro em direção a ela. "Qual é o seu nome?" ela me olha com um sorriso sinico nos lábios.

"Me chamo Calie", ela dizia, sua voz saiu em um tom sexy e quando usei os olhos do Ism para vê-la ela soltou um beijinho para ele, que me apertou mais contra si. "Porque você queria me matar Calie?" "Eu não queria, eu vou te matar, da última vez não pude fazer isso com minhas mãos, mas dessa vez será diferente." Ela agora estava me deixando mais e mais confusa, da última vez? Como assim? Eu já havia encontrado ela alguma outra vez?

"O que você quer dizer com isso? Eu estou viva e..."
"Nunca morreu?" Ela havia completado o que eu ia dizer, mas como eu poderia dizer nunca ter morrido, se eu sabia que quando uma vida acabava, outra se iniciava, então eu me calei, mas o que será que eu havia feito de tão ruim para ela?

"O que te fiz de mal para você querer me matar?" eu a pergunto, pois essa era uma das perguntas mais urgentes que estava em minha mente no momento.
"Você me roubou minha felicidade, matou meus sonhos e destruiu minha vida..." Eu não podia acreditar nela, o Ism me segurou mais forte fazendo eu encostar o rosto em seu peito.

"Não acredito que tenha feito tudo isso Calie, sinto em meu peito que isso que você diz é mentira." Não sabia o que significava, mas eu sentia ódio ao vê-la, muito ódio mesmo e sabia que ela estava mentindo.

Calie sorri feito uma louca, e some na frente de nossos olhos, foi assustador, seus olhos estavam vermelhos, eu sentia apenas os braços de Ism ao redor do meu corpo, me protegendo, eu apenas conseguia sentir seu aroma.

Essa noite fui tomada por sonhos perturbadores, sei que não precisava dormir, mas era bom às vezes, acordei-me varias vezes durante essa noite, gritando, debatendo-me, suando e chorando, o Ism estava ao meu lado em todas as vezes, sempre me colocando para dormir novamente, me acalmando, mas nem mesmo ele conseguiu acalmar minha mente, pois ela trabalhava feito louca com todas as coisas que estavam me acontecendo.

*~*~*~*~*~*~*~*

Estava correndo num bosque, fugindo de algo, estava chovendo, meu vestido estava rasgado, estava sendo perseguida, precisava correr, chegar em algum lugar, quando um homem aparece na minha frente e me segura pelos braços, me debato tentando me libertar, mas o homem era muito forte, ele me puxa para dentro da floresta e me abraça, os cavalos passam trotando do outro lado da floresta, os homens que me perseguiam haviam ido embora, ao olhar para o rosto do meu salvador, percebo ser um dos rapazes que me escoltaram até a cidade.

O anjo que se denominava demônio, aqueles olhos verdes me fitando com toda aquela intensidade, estavam me deixando totalmente sem ar.

~*~*~*~*~*~*~*

Meu pés doíam com o contato com os pedregulhos que o machucavam, precisava correr, precisava me salvar.

Um lobo me perseguia, cruel e desejando me matar, destroçar, podia ouvir seus pensamentos e de seu mestre, um penhasco, minha unica salvação, pular e rezar para cair na água e sobreviver.

~*~*~*~*~*~*~*~*
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