Os templos no ano-novo do Japão

O ano-novo para os japoneses pode ser equiparado ao Natal para os brasileiros. Todas as expectativas de renovação dos votos para um novo período são vivenciadas principalmente nos três primeiros dias de janeiro. As comemorações são voltadas para a família e os amigos, e alguns ainda vestem seus quimonos de inverno. Não é a toa que milhares de japoneses ainda vão aos templos e santuários para rezar, fazer pedidos e tocar sino em prol da prosperidade, felicidade, riqueza e até amor.

Para essa data especial, selecionamos dois locais igualmente especiais: o recordista em visitas no primeiro dia do ano-novo e o mais democrático, visitado por pessoas de todas as vertentes religiosas.

O santuário xintoísta Meiji, na área central de Tóquio, como o nome já diz, é dedicado ao imperador Meiji (1852-1912) e a imperatriz Shoken (1850-1914). Por sua contribuição na modernização do Japão, o santuário foi erguido para guardar as mais importantes lembranças desse imperador. É o recordista em visitação pública no feriado de ano-novo, com média anual de 3 milhões pessoas que rezam, compram lembranças e amuletos de boa sorte. Além disso, muitas aproveitam a visita para relaxar no famoso ponto turístico conhecido por sua construção privilegiada envolvida por uma imensa floresta.

Já o templo milenar Kiyomizu, pertencente à seita Hossô (Budismo), é conhecido por receber pessoas de todas as vertentes religiosas do Japão. Localizado em Higashiyama, Quioto, o templo totalmente em madeira está fincado em uma encosta e guarda a divindidade Onze Faces de Kannon. Kiyomizu-dera significa Templo da Água Pura, justamente por possuir uma fonte de água cristalina, que atrai muitos turistas; outro atrativo está nos amuletos de amor. O templo é formado por sete pavimentos e tem uma varanda construída na encosta do penhasco, que proporciona uma visão panorâmica da cidade de Quioto.